O avanço das tecnologias digitais revolucionou o setor financeiro, mas trouxe consigo riscos que podem comprometer a integridade e a confiança dos clientes. Com a crescente sofisticação dos ataques, proteger dados financeiros tornou-se uma prioridade para instituições de todos os portes.
Neste artigo, exploraremos o panorama atual das ameaças, apresentaremos dados e tendências, e apontaremos estratégias práticas para fortalecer a defesa de seus ativos mais valiosos.
Dados financeiros contêm informações sensíveis que, em mãos erradas, causam prejuízos imediatos e danos duradouros à reputação. Em 2025, o número global de ataques cresceu 44% segundo a Check Point Research, e o Brasil registrou cerca de 60 bilhões de tentativas de invasão ao sistema financeiro em 2023.
Perdas diretas e indiretas comprometem a confiança do mercado e podem gerar multas regulatórias, interrupções operacionais e ações judiciais.
O ambiente financeiro se destaca como alvo preferencial para diversos tipos de ataques. Entender cada modalidade é essencial para desenhar defesas adequadas.
Phishing e engenharia social ainda lideram as estatísticas, representando 16% das violações, com custo médio de US$ 4,8 milhões por incidente. O crescimento de infostealers — malwares focados em roubo de credenciais — chegou a 58% em um ano, afetando principalmente dispositivos pessoais.
As consequências financeiras de uma violação de dados são expressivas. Em 2025, o custo médio global alcançou US$ 4,44 milhões. Nos EUA, ultrapassou US$ 10,22 milhões, enquanto no Brasil atingiu cerca de US$ 3,32 milhões.
Além dos custos diretos, as instituições enfrentam perdas de confiança e sanções regulatórias que prejudicam sua reputação a longo prazo.
A inteligência artificial representa um duplo desafio: 66% dos especialistas a consideram a maior ameaça em 2025, pois pode ser usada tanto para defesa como para sofisticados ataques automatizados e deepfakes.
A expansão da nuvem e a integração entre TI e OT aumentam a superfície de ataque; 11% das novas vulnerabilidades estão associadas ao crescimento desses ambientes. Paralelamente, o modelo Ransomware como Serviço (RaaS) e o aumento do "risco de terceira parte" em parcerias com fintechs e APIs exigem monitoramento constante.
Para mitigar riscos e fortalecer a resiliência, é fundamental adotar uma abordagem holística, envolvendo pessoas, processos e tecnologia.
Cultivar uma cultura organizacional orientada à segurança é tão importante quanto a tecnologia empregada. A liderança deve alinhar objetivos de TI, compliance e negócios, garantindo governança, transparência e conformidade com a LGPD e normas internacionais.
Somente com engajamento de todos os níveis hierárquicos é possível transformar a cibersegurança em diferencial competitivo.
A proteção dos dados financeiros deixou de ser um tema técnico isolado para se tornar um imperativo estratégico. As instituições que investem regularmente em controles, treinamentos e inovação ganham maior resiliência e confiança do mercado.
Não espere o ataque ocorrer: desenvolva hoje sua estratégia de cibersegurança e assegure a continuidade e o prestígio de seus serviços financeiros.
Referências