No ambiente cada vez mais competitivo do mercado financeiro, os dados emergem como o novo petróleo digital e estratégico, redefinindo a forma como investidores identificam oportunidades e mitigam riscos. Com a produção diária de dados estruturados e não estruturados projetada para alcançar 180 zettabytes em 2025, a corrida para coletar, refinar e monetizar informação nunca foi tão intensa.
Segundo o IDC Global DataSphere, em 2023 o mercado de monetização de dados atingiu US$ 3,6 bilhões e poderá chegar a US$ 12,4 bilhões até 2030, com um CAGR de 19,1%. A transformação de dados em insights acionáveis exige crescimento de 20% ao ano no volume de informação capturada. Empresas de todos os portes estão investindo em Edge Computing, IoT, redes 5G, IA, Machine Learning e blockchain para extrair vantagem competitiva.
Além disso, espera-se que o setor de tecnologia no mercado de capitais receba US$ 244 bilhões em investimentos entre 2025 e 2026, reforçando prioridades em gestão de dados, eficiência operacional e gestão de riscos. Compliance e cibersegurança ganham espaço como elementos críticos para assegurar a confiança de stakeholders e reguladores.
Em um cenário onde dados tradicionais já estão amplamente explorados, investidores procuram oportunidades de investimento de longo prazo em fontes alternativas, que podem revelar tendências antes invisíveis aos métodos convencionais.
Para que esses insumos sejam verdadeiramente úteis, torna-se imprescindível adotar processos rigorosos de limpeza e verificação. O conceito de dados bem preparados e confiáveis reforça a máxima de que decisões baseadas em dados imprecisos podem gerar resultados desastrosos.
O horizonte de 2025 destaca setores que se beneficiarão de novas fontes de dados, ampliando o leque de opções para diversificação de carteiras e alocação estratégica de capital.
A análise combinada dessas tendências, alimentada por dados alternativos, permite identificar empresas verdadeiramente inovadoras e evitar projetos que se apoiam apenas em discursos de marketing.
O desempenho do PIB brasileiro avançou 1,4% no segundo trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior e 3,3% no comparativo anual, superando expectativas. Para 2025, projeta-se expansão de 2,4%, numa trajetória positiva ainda que em desaceleração.
A inflação (IPCA) tende a recuar de 4,4% em 2024 para 3,9% no próximo ano, enquanto o cenário internacional de juros elevados começa a ceder nos EUA, influenciando estratégias de alocação global. Esses indicadores macroeconômicos ajudam investidores a calibrar posições entre ativos de renda fixa e variável.
O uso de dados alternativos já demonstra valor real em diversas frentes, impulsionando soluções avançadas no mercado de capitais e além.
Instituições de ponta, como grandes bancos de investimento, já adotam monetização de dados alternativos em alta, transformando informações em vantagem competitiva sustentável.
Apesar do potencial, investidores e analistas devem permanecer atentos a aspectos críticos na cadeia de dados. Falhas na depuração podem resultar em vieses algorítmicos, afetando diretamente as decisões de alocação.
A conformidade com regulamentações de privacidade, como LGPD e GDPR, exige forte ênfase em privacidade e conformidade. Além disso, diferenciar sinais relevantes de ruído mercadológico é fundamental para evitar investimento em iniciativas que não entregam valor real.
Para aproveitar o poder dos dados alternativos e maximizar resultados, sugerimos algumas práticas essenciais:
Com uma abordagem disciplinada e o uso estratégico de novas fontes de dados, investidores podem acessar vantagens competitivas únicas em mercados voláteis e construir carteiras resilientes ao longo do tempo.
Em um mundo onde a informação se converte em poder financeiro, explorar dados alternativos não é apenas uma tendência: é uma necessidade para quem busca resultados consistentes e visão de longo prazo.
Referências
